sexta-feira, 29 de julho de 2011

Deus é igual ao Unicórnio cor de rosa invisível

                                                   Voltar para [Índice do Blog] - [Início]

Nessa objeção, o ateu fará uma comparação entre a crença em Deus e a crença em um ser imaginário, como por exemplo, em um unicórnio cor de rosa invisível. Pode ser mais ou menos assim:

''Você acredita em Deus e eu em um unicórnio cor de rosa invisível. Ambos são imaginários. Hahahaha!''

Para quem não tem algum conhecimento de falácias lógicas (veja meu post sobre falácias aqui) essa objeção pode parecer persuasiva e levar um cristão a ter sua fé ridicularizada, minimizando Deus a um simples ser imaginário. Entretanto, é uma objeção de simples neutralização.

Primeiramente, o ateu comete a falácia da inversão de planos, ao comparar Deus (um ser metafísico, imaterial, espiritual) com um unicórnio cor de rosa (um ser, por definição, físico).

O segundo erro gritante nessa objeção é dar as características de um ser (unicórnio, cor de rosa) e dizer que ele é INVISÍVEL. Esse é um erro de raciocínio grosseiro. Se tem características físicas como forma de poney, um chifre pontudo na testa (características de um unicórnio) e ainda ser cor de rosa, NÃO PODE SER INVISÍVEL!

Em terceiro lugar, ainda há o erro em dizer que Deus é imaginário como o pseudo-unicórnio, mas essa terceira parte da objeção falha do mesmo modo que as anteriores.

Há vários argumentos para a existência de Deus, como o cosmológico, Kalam, o argumento do ajuste fino, argumento moral, da contigência e etc.; o que o deixa em situação totalmente diferente do suposto unicórnio. Sendo assim, há boas razões para se crer em Deus ao invés de rotulá-lo como imaginário.

Resumindo:

(1) A comparação de Deus com um unicórnio cor de rosa é falácia da inversão de planos. Deus é um ser metafísico, o pseudo-unicórnio é físico.
(2) Se o unicórnio é invisível não pode ter características físicas.
(3) Há bons argumentos para se crer em Deus e NENHUM para se crer em um unicórnio cor de rosa. O que faz Deus não ser um ente imaginário.

Conclusão

É uma objeção de fácil refutação mas que vez ou outra aparece em debates com ateus. Apenas um conhecimento mínimo de falácias lógicas neutraliza essa artimanha.

Nenhum comentário:

Postar um comentário